MEDICINA FELINA

Medicina Felina em Curitiba

A população de gatos no Brasil, segundo dados do IBGE, é de aproximadamente 22 milhões e a tendência é que em alguns anos ultrapasse o número de cães, como já acontece em muitos países.

A explicação para este aumento é simples. Muitas pessoas têm optado pelo gato na hora de escolher um animal de estimação. Os benefícios são muitos: gatos demandam menos trabalho aos tutores, raramente precisam de banho (eles se auto higienizam diariamente), não precisam passear, fazem as necessidades na caixa de areia, adaptam-se bem a pequenos espaços, são mais silenciosos, muito amorosos e companheiros!

Mas também é preciso alguns cuidados essenciais para mantê-los saudáveis, como alimentação de boa qualidade, água fresca à vontade, cuidados como vacinação, controle de ecto e endoparasitas e avaliação médico veterinária periódica.

Apesar de ser considerado um evento estressante para o gato, a ida ao veterinário não deve ser protelada.

Pensando nisso, o Hospital Veterinário Santa Mônica tem uma infraestrutura completa para atender as necessidades dos felinos, como sala de espera exclusiva para gatos e internamento separado dos cães, além de um centro de imagem e laboratório de patologia clínica.

Também contamos com serviço médico veterinário especializado em medicina felina!

Afinal, gatos têm suas particularidades metabólicas, doenças específicas da espécie e comportamento diferenciado que devem ser levados em consideração no momento da consulta.

Sempre que possível, recomendamos agendar previamente a consulta para evitar espera e minimizar o estresse do gato.

Dicas para levar seu gato ao veterinário:
Escolha uma caixa de transporte do tamanho adequado e que seu gato fique confortável. Há vários modelos, porém, recomenda-se as caixas que são possíveis abrir a parte de cima.

Escolha uma caixa de transporte do tamanho adequado e que seu gato fique confortável. Há vários modelos, porém, recomenda-se as caixas que são possíveis abrir a parte de cima.

Sempre deixe a caixa de transporte em um local acessível, como uma opção para o gato dormir. Coloque coberta, brinquedo, catnip e ofereça petisco dentro dela para acostumá-lo a entrar na caixa. Desta forma, quando for necessário transportá-lo, ele já estará acostumado com ela.

Agende um horário de consulta com seu veterinário para evitar esperar muito tempo.

Evite alimentar seu gato antes de leva-lo ao hospital, pois alguns animais ficam enjoados com o movimento do carro.

Uma boa opção para minimizar o estresse é utilizar feromônios sintéticos (Feliway). Borrife o spray na caixa de transporte uma hora antes de colocá-lo.

Ao transportá-lo, além de colocar uma coberta ou toalha dentro, sempre leve uma toalha de casa para cobrir a caixa e assim evitar que o gato se assuste ao ver outro animais ou pessoas durante o trajeto e na clínica/hospital veterinário.

Cuidado para não balançar demais a caixa e sempre passe o sinto de segurança ao redor dela, pois com o movimento do carro ela pode virar. Deixe-a de uma forma que o gato consiga manter contato visual com você e sentir mais seguro.

Procure locais de sua confiança e de preferência que tenha sala de espera separada para gatos. Caso não seja possível, evite deixar que cães se aproximem do seu animal, pois isso pode deixa-lo mais assustado.

Recomenda-se cortar as unhas do gato um dia antes da consulta.

Caso seu gato seja muito bravo, que nem você consegue contê-lo, converse com seu veterinário antes para verificar a melhor forma de levá-lo para consulta.

Leve um petisco, sachê ou um pouco da ração que seu gato gosta. Ao final da consulta você poderá recompensá-lo.

Caso tenha outros gatos em casa, quando retornar fique atendo ao comportamento deles. Muitas vezes os gatos que ficaram em casa não reconhecem o que saiu pois ele volta com vários “cheiros” diferentes e muitas vezes podem entrar em conflito.

Apesar de parecer estressante levar seu gato ao veterinário, é muito importante cuidar da saúde do seu pet. Seguindo estas dicas podemos minimizar este momento.

Não. Apesar de ser muito comum gatos apresentarem episódios de vômito, deve-se investigar a causa. Existem diversas enfermidades que pode manifestar na forma de vômito como, por exemplo, alterações gastrointestinais (doença intestinal inflamatória, linfoma alimentar, intolerância/alergia alimentar, pancreatite, etc), alterações hepáticas (lipidose, colangite, etc.) e doença renal. Se isto está acontecendo com seu gato procure um médico veterinário. Com base no histórico e exame físico ele poderá definir os exames necessários e buscar um diagnóstico, para poder realizar o tratamento adequado.

Sim. Deve! A maioria das marcas de alimento úmido possui uma composição completa e balanceada, sendo considerada uma refeição e não apenas um petisco. Os benefícios de introduzir o sachê na dieta do seu gato são muitos: auxilia no aumento da ingestão hídrica, é menos calórico que a ração seca, muito palatável e promove saciedade. Ao contrário do que muitos pensam, os alimentos úmidos têm menos sódio que a ração seca! Recomenda-se iniciar a introdução do sachê na dieta do gato ainda na fase de filhote, pois assim ele já se acostumará com a textura deste alimento.

A maioria dos gatos não precisa tomar banho, pois eles se limpam sozinhos diariamente. Contudo, dependendo da pelagem do seu gato ele precisará de cuidados especiais. Por exemplo, gatos de pelo longo podem necessitar de banhos periódicos para evitar que forme nós e auxiliar na higiene. Algumas situações, como doenças bacterianas e fúngicas de pele também exigem banhos, com shampoos terapêuticos.

O protocolo vacinal deve ser individualizado, de acordo com o estilo de vida de cada gato e definido por um médico veterinário. Geralmente inicia-se o protocolo de vacinação a partir de 8 semanas de idade com a vacina quadrupla ou quíntupla, a qual deve ser reforçada em um intervalo de 3 a 4 semanas. A vacina quádrupla protege contra a rinotraqueíte felina, clamidiose, calicivirose e panleucopenia felina. Já a vacina quíntupla protege contra os mesmos agentes que a quádrupla e também contra o vírus da leucemia felina (FeLV).

A vacina antirrábica deve ser realizada a partir de 12 semanas em dose única. Porém, tanto a vacina contra raiva como a quádrupla ou quíntupla devem ser reforçadas anualmente.

Para as fêmeas a castração reduz significativamente a chance de desenvolver tumor de mama, principalmente quando é realizada antes do primeiro cio. Também evita infecção uterina e hiperplasia mamária benigna.
Os machos castrados tendem a ficar mais calmos e sair menos de casa (quando tem acesso), o que evita acidentes, brigas e infecções. Também reduz o odor da urina, que costuma ser bem forte no gato não castrado, e marcação de território.
A idade recomendada para o procedimento é entre 4 a 6 meses de idade.
Vale lembrar que a castração é um procedimento cirúrgico que, apesar de ser simples, deve ser realizado apenas por médico veterinário em um centro cirúrgico.

A maioria dos gatos não gosta de sair de casa. Por isso, no geral, a melhor opção é deixá-lo em casa, mas sob os cuidados de alguém de sua confiança, que possa ir diariamente dar água e comida e limpar a caixa de areia. Também existem hotéis específicos para gatos, com ambiente planejado para evitar estresse e fugas. Caso queira levar seu gato junto, avalie as condições da viagem e o local onde irá ficar, pois esta mudança pode gerar muito estresse e seu gato pode até adoecer por isso.

PAUTA TÉCNICA – DOENÇAS

‼️ ASSUNTO SÉRIO ‼️
O vírus da leucemia felina (FeLV) é um Retrovírus com potencial oncogênico, ou seja, capaz de induzir o surgimento de neoplasias e causar alterações displásicas da medula óssea. As alterações clínicas encontradas em felinos com infecção progressivas variam e podem ser inespecíficas como letargia, desidratação, linfoadenomegalia, perda de peso e anorexia, sendo que as principais formas de apresentação da doença são anemias graves comumente arregenerativas, imunossupressão, linfomas, que podem ser localizados em diversos locais, como tórax, intestino e rins e leucemia, que é caracterizada por proliferação descontrolada de células leucocitárias.

A FelV em replicação ativa não possui cura! Cuide do seu gato MIOU, TESTOU! TESTOU? VACINOU❤ 

‼️ ASSUNTO SÉRIO ‼️
Hoje é simples e fácil fazer uma triagem de detecção do vírus da leucemia felina (FelV) no sangue do gato. Você sabia que podemos detectar esse vírus através de um teste que leva 10 minutos e pode ser feito na sua casa?

É imprescindível a realização do teste em todos os gatos do Brasil, pois além de termos índices muito altos da doença no país (até 68% nas principais cidades do sul e sudoeste) os gatos podem se contaminar pela saliva, fezes, secreções nasais e até mesmo pela placenta ou aleitamento de uma mamãe felina FelV + . Por isso, hoje o foco é testar o seu gato e em seguida vaciná-lo! Simmmm temos vacina, que apesar de não ser uma vacina de cunho obrigatório eu indico e muito a realização da mesma.

Ah, e não esqueça, não permita que seu gato tenha contato com outro gatinho não testado para FelV. Se ele for um gatinho passeador (sempre com guia claro) ajude a orientar as pessoas sobre essa doença e nunca traga outro gatinho para casa sem testá-lo antes.

#SÉRIE MIOU, TESTOU! TESTOU? VACINOU❤

FelV positivo não é sinônimo de eutanásia.

Apesar de gatos com Leucemia em fase progressiva desenvolvendo sinais de doença ser ruim, nem todos são assim. É possível sim ter um FelV positivo em casa muito bem cuidado e com a imunidade lá em cima. Quem é mãe/pai de um gatinho FelV + sabe o quanto é difícil entender a FelV e o quão frustrante é conviver com a possibilidade do seu gato vir a ficar doente a todo instante. Então separamos hoje pra conversar um pouquinho sobre a fisiologia da doença de maneira simplificada e colocar alguns fatores que ajudam a manter seu gato mais protegido e mais longe de desenvolver os sinais dessa retrovirose:

Fisiologia:
Após a exposição do gato ao vírus através da rota oronasal (ou seja secreções orais e nasais), a FeLV pode circular primeiro em tecidos linfoides, como os linfonodos regionais mandibulares; em seguida, se espalhar através de monócitos e linfócitos liberados para a o sangue periférico, o que chamamos de via primária. Durante esta viremia primária, o vírus pode infectar a medula óssea e assim ocorrer a viremia secundária. A partir desse momento os leucócitos e células precursoras ficam igualmente infectados e podem progredir para mucosas e tecido glandular. Nessa fase não é mais possível livrar-se do vírus da leucemia e pode ser transmitido pela saliva, fezes, secreções nasais ou outras secreções, como no aleitamento materno!

O vírus da leucemia possui a capacidade de instalar-se dentro do DNA das células e o que determina a gravidade e tempo de desenvolvimento dos sinais clínicos no gato é o tipo de vírus e também a sua imunidade, ou seja, a capacidade de lutar contra o vírus constantemente. Há vários debates sobre a FelV ocorrendo entre os especialistas em felinos, e por enquanto sabemos que não há cura! Mas podemos sim manter um gato FelV+ sem o desenvolvimento de sinais clínicos por longos períodos, através de pequenas atitudes que se somam como:

Oferecer uma ótima qualidade de ração (super premium);
Manter as vacinações em dia, para que ele não venha adquirir doenças concomitantes;
Reduzir ao máximo fatores estressantes como casas com gatos conflituosos, viagens longas, mudanças bruscas de ambiente;
Manter sua casa com um ótimo enriquecimento ambiental, com brincadeiras cognitivas novas.
Mantenha os exames de check up em dia a cada 6 meses, com profissionais que prezem por um atendimento com técnicas catfriendly.

#SÉRIE MIOU, TESTOU! TESTOU? VACINOU❤

Referencia: Clinical and Haematological Disorders in Cats with Natural and Progressive Infection by Feline Leukemia Virus (FeLV) e Guidelines 2020

O vírus da imunodeficiência felina faz parte das retroviroses que podem ser transmitidas pela saliva através da inoculação do mesmo nos tecidos, ou seja, mordidas ou brigas que possam causar lesões. Os gatinhos contaminados com FIV são predispostos a infecções ou inflamações crônicas e recorrentes, pois permanecem com o sistema imune debilitado. Um estudo importante realizado com gatos contaminados e não contaminados, indicou que as chances de um gato com FIV desenvolver neoplasia é cerca de cinco vezes mais comum do que em gatos não infectados. Mas apesar dessas informações serem muito ruins, atualmente também sabemos que gatinhos já diagnosticados podem viver por muitos anos bem, com uma sobrevida de 7 anos de vida ou até igual ao um gato saudável.

Lá vai algumas dicas para você manter a imunidade do seu gato FIV lá em cima:

Ofereça uma ótima qualidade de ração (procure no rótulo pelaidentificação super premium);
Mantenha as vacinações em dia. Como eles são imunossuprimidos são mais susceptíveis a outras doenças.
Reduza ao máximo fatores estressantes como casas com gatos conflituosos, viagens longas, mudanças bruscas de ambiente;
Mantenha sua casa com um ótimo enriquecimento ambiental, com prateleiras, arranhadores, toquinhas e principalmente brincadeiras cognitivas novas;
Mantenha os exames de check up em dia, a cada 12 meses se ele estiver 100% ou a cada 6 meses de acordo com a recomendação do seu médico veterinário, e sempre, sempre com profissionais que prezem por um atendimento com técnicas catfriendly, reduzindo as chances de elevar o nível de estresse (cortisol) nesses momentos.

A infecção por FIV é mais comumente diagnosticada através da detecção de anticorpos específicos da FIV usando testes de ELISA que podem ser realizados com 3 gotinhas de sangue inteiro, soro ou plasma.

Sabe aquele teste de FelV (vírus da leucemia felina) que todo mundo comenta e que nós já conversamos por aqui? Geralmente os testes de triagem são feitos juntos e se chamam “Teste kit FIV Ac/ FelV Ag”. Isso porque o teste marca os antígenos (Ag) da Felv e os anticorpos (Ac) da FIV, praticamente com a mesma tecnologia de um teste de gravidez. Gatos infectados geralmente desenvolvem altas concentrações de anticorpos específicos para a FIV, e por isso produz uma infecção persistente da qual os gatos não se recuperam. A positividade é um indicativo alto de infecção pela AIDS felina, porém mesmo com os testes cada gato é um caso e precisa ser interpretado junto com a avaliação do paciente para solicitação de outros exames complementares ou até a repetição de um novo teste.

COMO SEU GATO PODE PEGAR AIDS FELINA? SAIBA COMO PREVENIR!

O vírus da imunodeficiência felina – FIV ou coloquialmente chamada de “AIDS” dos gatos

CURIOSIDADE – porque o gato pode ter facilidade em se intoxicar?
Os gatos possuem hemácias (células sanguíneas vermelhas) bem menores que a dos cães, e diferente do ser humano e dos cães possuem 8 ligações, por esse motivo possuem uma capacidade de oxidação muito grande podendo com mais facilidade romper essas células em caso de medicações que causem desestabilização das paredes de células.

*DA PRA COLOCAR UMA FOTO COMPARATIVA ENTRE AS HEMÁCIAS DAS ESPÉCIES S2

Viagens e responsabilidade

Estamos entrando no último mês de ano e já começa aquela ansiedade para viajar e curtir as férias. Planejamento é essencial e o seu gato deve fazer parte dos planos!
Verifique a carteira de vacinação do gato para saber se ele está com todas as vacinas e vermífugos em dia. Atestado de saúde é muito importante e tem validade de apenas 10 dias após a data de emissão, lembre-se disso!
‼️ Para viajar, o mais indicado é transportar o gato em caixas de transporte para gatos (aquelas que tem trava de segurança, mas que permitem aberturas nas laterais caso preciso) adequadas ao tamanho do animal, no maior conforto possível.
‼️ Planeje a alimentação e hidratação do seu gato para evitar enjoos e manter ele bem-disposto durante o tempo da viagem.
‼️ Converse com o veterinário do seu gato sobre o tempo de viagem, assim é possível avaliar a necessidade de medicações para enjoo ou calmantes para mantê-lo o mais tranquilo possível durante o percurso.
‼️ Se o gatinho não puder viajar com a família, é preciso procurar um local adequado para que ele possa ficar, como um hotelzinho para gatos, a casa de uma pessoa de confiança ou ainda um serviço de pet sitter, como a @Petigatô. Converse com seu vet para ter certeza do perfil do seu gato e até sobre o tempo de viagem. Esses fatores são de extrema importância para saber qual solução se encaixa melhor pra vocês!
‼️ E não esqueça, realizar uma consulta de check up e deixar as vacinas em dia também serve para os gatinhos que não irão viajar, afinal já pensou quanto estress traria na sua viagem de férias caso ele passe mal enquanto você não estiver por perto? Gatos são extremamente silenciosos e podem não aparentar doença, por isso não esqueça de garantir que está tudo certo antes de viajar.

OS PERIGOS DO SOL PARA A SAUDE FELINA! CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS
“GATINHOS DE PELE ROSADA
Você sabia que gatos de pelo curto ou pele pouco pigmentada ou não pigmentada podem ter CÂNCER DE PELE?

O carcinoma espinocelular (CEC) é um tumor maligno originado dos QUERATINÓCITOS da camada espinhosa da epiderme e é o TUMOR de pele mais comum do gato! MANTENHA O HÁBITO de observar a pele do seu gato com frequência e procure orientação do seu especialista de confiança.

A principal causa de carcinoma espinocelular (CEC) é a EXPOSIÇÃO PROLONGADA aos raios ultravioletas (UV)‼️ SIM o tão amado sol, que seu gato adora pegar de barriguinha pra cima. O SOL exerce um EFEITO MUTAGÊNICO direto sobre o DNA e causa um efeito imunossupressor, afetando as células de Langerhans (celulas de imunidade da pele), além de ativar outras vias de inflamação. Os locais MAIS EXPOSTOS SÃO região de face, plano nasal (narizinho), pálpebras, ORELHAS e ao redor dos BIGODINHOS.

CUIDADO COM O HORÁRIO DE SOL!
Deixar seu gatinho pegar sol no HORÁRIO MAIS SEGURO até às 10h ou após as 16h é a melhor maneira de PREVENIR🥰, e passar LOÇÃO PROTETORA nos horários mais quentes, fale com seu veterinário qual a melhor manipulação pro caso do seu gato.

VOCÊ JÁ SABIA DISSO? Deixa seu comentário ou dúvidas nos comentários aqui embaixo. 

A caixa de transporte não precisa e não deve ser algo traumático para o seu gato!

É importante acostumar os felinos à caixa de transporte desde filhotinhos para que as experiências sempre sejam positivas. Então é necessário paciência com muito amor combinado? 💛

PASSO À PASSO:

1°Compre uma caixa de tamanho adequado ao seu gato, ele precisa deitar por inteiro dentro dela e poder se virar sozinho quando quiser. A caixa precisa permitir a abertura nas laterais, de maneira que você e seu vet consigam tirar a tampa por cima. Por isso, nada de caixa parafusada ok!?

2°Faça a caixa fazer parte do ambiente onde o gato mais permanece na sua casa (sala/quarto, etc.), permitindo usá-la como caminha/toquinha.

3° Para criar associações positivas coloque brinquedos, catnip ou biscoitinhos dentro da caixa. Assim como as alimentações preferidas, como sachê por exemplo.
– Você pode iniciar com a tampa aberta ou já fechada, depende da velocidade do seu gato, sinta-o.
– Coloque a gostosura ou atração o mais dentro da caixa possível para evitar que a parte de trás do corpinho dele fique para fora da caixa e você precise empurrá-lo.

3° Na hora de ir ao Vet, use essas gostosuras como gatilhos, colocando as dentro da caixa para que o seu gato entre sozinho. 🙌🏻

4° Antes mesmo de usar o gatilho da gostosura, aplique o famoso @Feliwayclassic na cobertinha que estará dentro da caixa 15 min antes da saída de casa para que o gato sinta-se mais seguro e relaxado.

É importante evitar empurrar o gato para dentro caixa, pois ele pode associá-la com uma experiência negativa e as idas no vet serão cada vez mais desastrosas!

Dúvidas? Fale com a Dra. Luana, está sempre disposta a conversar ☺️

Escrito pela nossa estagiária dedicada @evelin e complementado e revisado pela Mv. Msa. Luana Ballardin – CRMV 16560

(AAFP and ISFM Feline-Friendly Handling Guidelines)

A autolimpeza é um fator importante na rotina dos gatos, e está intimamente envolvida com a higiene e identidade do felino através do cheiro, ou seja, sua forma de reconhecer e ser reconhecido dentro do mundo felino.

O ato de se lamber possibilita uma grande produção de endorfina, um dos hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar. Por isso também é um momento de desestresse.

Atualmente nós sabemos que o felino passa pelo menos 60% do seu dia realizando “self-grooming” (sua autolimpezinha boa), por isso, banhos não são indicados aos gatos, pois você acaba literalmente retirando a identidade dele.

Tá, e aí, quando realmente os banhos são indicados para gatos!? Vou pontuar pra facilitar😉
– Quando a sujeira está tão impregnada que o felino não consegue se limpar e retirar a sujeira por inteiro (tipo caiu na lama). E lembre-se shampoo e condicionador próprios, sem fragrância neutro.
– Quando necessário um banho medicamentoso. Indicado pelo veterinário de gato, que já vai ter excluído outras alternativas para doença específica em tratamento.

E os gatos de pelos longos com dificuldade de alinhar o pelame que causam aqueles embolos de pelo?

– Nesse caso, com auxílio do seu veterinário você pode ajudá-lo através de tosas higiênicas programadas, ou seja, apenas o corte dos pelos. Livre de cheiros e enfeites 😉

Então, dê banho no seu gato apenas quando for extremamente necessário, já que a anatomia da língua deles já possibilita a retirada de sujeiras e manutenção da sua identidade ❤️

Escrito pela nossa estagiária dedicada @evelin e complementado e revisado pela Mv. Msa. Luana Ballardin – CRMV 16560

(Grooming your cat, RSCPA, 2016) 

A Euphorbia pulcherrima é originada do México e conhecida no Brasil como bico-de-papagaio ou poinsétia, como é conhecida na américa do norte.

É reconhecida como a planta de Natal justamente por florescer naturalmente no inverno, sendo usada para fins decorativos nas festas de fim de ano em vários países. É naturalmente desejada por ser vermelha e ter fácil manutenção, além de ficar linda junto a decoração de natal.  Porém, o que pouca gente sabe é que essa planta é tóxica para os felinos, e se ingerida pode causar:

-vômito
-irritação nas mucosas (oral)
-salivação
-diarréia
-conjuntivite, se a seiva entrar em contato com os olhos.
-choque e até mesmo levar a óbito.

Então que tal comprar essas belezinhas de maneira artificiar e usar as Suculentas para enfeitar a mesa de natal?

Beijo carinhoso da Dra. Luana Ballardin.

Escrito pela nossa estagiária dedicada @evelin e complementado e revisado pela Mv. Msa. Luana Ballardin – CRMV 16560

Temos alguns testes disponíveis no mercado para detecção de coronavírus felino (FCoV) e atualmente muito tutores estão me procurando com testes positivos para coronavírus já dizendo que seu gato está com Peritonite Infecciosa Felina (PIF), e pra quem não conhece essa doença, a PIF tem um prognóstico ruim com uma sobrevida de meses se não tratada. Então precisamos de muito cuidado com a interpretação desses testes. Resolvi escrever este post para esclarecer sobre esses 2 testes que vem sendo utilizados no auxilio diagnóstico da PIF e para que mais tutores tenham acesso e busquem um médico veterinário especializado em medicina felina para auxilia-lo nessa jornada.

Os sinais clínicos do paciente são sempre mais importantes do que qualquer teste de PCR, pois um teste positivo na PCR não diagnostica PIF, assim como um teste negativo para o mesmo não exclui a possibilidade de o paciente ter a doença. E pra que muitas vezes pedimos esses exames então? Para que junto com os sinais clínicos do paciente possamos montar um quebra-cabeça e chegarmos o mais próximos de um diagnóstico. O teste Real PCR específico para PIF é o teste que consegue detectar um biotipo mais virulento do coronavírus ou mutante causador da PIF. Porém, as amostras necessárias para detecção são: efusões, lesões granulomatosas causadas pela PIF através de biópsia ou humor aquoso, que é coletado de lesões retrobulbares do globo ocular, o que as vezes não facilita muito a vida do médico veterinário, principalmente pela condição clínica que os pacientes chegam ao consultório ou em casos de PIF seca (aquela que não causa efusões com líquido coletável para análise).

Outro teste bastante utilizado é a sorologia para detecção de anticorpos IgG contra Coronavírus felino (PIF), este teste foi desenvolvido para medir o quantitativo de anticorpos IgG contra o coronavírus felino (FCoV), para monitorar infecções por FCoV epara auxiliar no diagnóstico de PIF. Pode ser usado para detectar níveis de anticorpos no plasma, soro ou sangue total, além de em efusões (líquido peritoneal), porém ele não consegue diferenciar o coronavírus felino entérico – FCoV do coronavírus fração mutada – PIF, ou seja, ele ajuda sugerindo um diagnóstico, mas nunca poderá bater o martelo confirmando a doença.

Mas Dra. e agora como eu sei se meu gato tem ou não PIF? Confie no médico veterinário do seu gato que irá juntar esses exames com diversos outros, avaliar o paciente e juntar o quebra cabeça!

Não tratamos exames, tratamos pacientes. 

A Peritonite infecciosa felina (PIF) é uma doença imunomediada causada pela infecção do coronavírus felino (FCoV) variante. O FCoV é transmitido entre gatos pela via feco-oral e não é transmitido para outros animais, incluindo humanos!

O evento patogênico chave para o desenvolvimento da PIF no gato é a replicação viral maciça do FCoV em macrófagos e se o gato falha em eliminar os macrófagos contaminados no início da infecção o corpo do gato desenvolve uma reação imunomediada e começa a causar leões granulomatosas em órgãos alvos incluindo sistema nervoso central, olhos, órgãos parenquimatosos e vasculites que podem causar redistribuição de líquido em cavidades como consequente efusões torácicas e abdominais.

Os gatinhos com a doença podem ter diversos sinais clínicos como: apatia, vômitos, diarréia, gengivas mais claras (mucosas hipocoradas) falta de ar, andar cambaleante, desequilíbrio, diferença entre uma pupila e outra (anisocoria) e aumento de volume abdominal. A doença é grave o prognostico é ruim e grave quando não tratado rapidamente.

Quando passamos uma medicação pra casa muitos tutores ficam apreensivos de como irão realizar as medicações em casa! Ai meus deuses e como medica-se um gato? Aqui vão algumas opções e dicas pra você já ir acostumando seu gato em casa e pegando o jeito:

1. Medicar direto com a mão e barriga para cima;
2. Usar o aplicador de comprimidos;
3. Usar pastas palatáveis para enrolar o comprimido;
4. Usar pastinhas de suplementação palatáveis para melecar o comprimido
5. Esconder entre os grãos de comida seca ou úmida;
6. Abrir a capsula e misturar no sachê;
7. Optar por medicações liquidas que o gatinho ingira lambendo ou na lateral da boca com seringa, sem “babar”.
8. Se medicações manipuláveis é possível escolher o sabor e a textura que seu gato mais se adeque;

COMPARTILHE COM O GATEIRO QUE TEM DIFICULDADE DE MEDICAR SEU GATÍNEO.

OUTRAS PAUTAS TÉCNICAS – CASOS CLÍNICOS

Doenças comuns:

ALERTA! Esporotricose tem CURA!
A doença é causada pelo fungo Sporothrix sp. que pode ser adquirido do ambiente, ou seja terra, plantas e cascas de árvores contaminadas ou pelo contato de gato para gato, através de arranhadura, mordedura e até mesmo o espirro contaminado com o fungo. Os sinais clínicos no gato são de lesões de pele ulceradas chamadas de cancro esporotricotico e/ou espirros e aumento de volume nasal. As lesões podem ser pequenas e circulares ou disseminadas e é importante sempre desconfiar, pois muitas vezes o gatinho fica tão feio que o parece ter sido atropelado ou maltratado. 💔

Essa doença é bastante comum em gatos em diversas regiões do Brasil e fora do Brasil já acomete pelo menos 14 bairros de Curitiba. Atualmente sabe-se que machos, não castrados com livre acesso a rua são os que mais podem ficar doentes e que ambientes com múltiplos animais fazem com que a doença se dissemine com facilidade. Por isso a importância da posse responsável do seu gatinho, nada de voltinhas pelo bairro!

O diagnóstico pode ser feito através de citologia simples das lesões ou secreções de cavidade intranasal e através da cultura fúngica. Em alguns casos o histopatológico da lesão é necessário, mas nem sempre!

Caso vc encontre ou tenha um gatinho com os sinais de esporotricose use luvas ao tocar nas lesões, pois é uma zoonose, ou seja, passa de animais para o ser humano. Porém nada de Pânico 🕵️Entre em contato com o seu Veterinário de confiança e alerte o Centro de controle zoonótico.

ESPOROTRICOSE TEM CURA, mas precisa de diagnóstico rápido e cuidados 💕 dissemine essa informação ♥️

PREVINA 🤗 Assim como diversas doenças infecciosas do gato, se seu gato é castrado, vacinado e não tem acesso a rua e a outros animais que tenham acesso a rua, é improvável que seu animal esteja sujeito a doença.

LIPIDOSE HEPÁTICA
Se seu gato parou de comer por mais de 24 horas leve-o ao veterinário!

A lipidose hepática é considerada uma síndrome colestática potencialmente fatal que ocorre em gatos inapetentes, ou seja, que não se alimentam, caracterizada por alterações no metabolismo de lipídeos e acúmulos destes no fígado.

SINAIS CLÍNICOS
Os sinais clínicos mais comuns reportados em gatos adultos com histórico de anorexia são progressivos, mas os mais descritos são mucosas levemente amareladas au intensamente amareladas (icterícias), vômitos, perda de peso, depressão, diarréia, graus variáveis de desidratação, caquexia, letargia, salivação e em graus mais severos, petéquias e hemorragia, que é verificada em 20% dos casos. Gatos obesos com histórico de anorexia tem mais riscos de desenvolver lipidose hepática, por isso mantenha seu gato sempre em peso ideal.

FISIOPATOLOGIA
A fisiopatologia da lipidose hepática não é totalmente compreendida atualmente, mas sabe-se que os gatos são animais estritamente carnívoros e necessitam de aminoácidos essenciais para manutenção das funções hepáticas como: arginina, para continuação do ciclo da ureia, taurina para conjugação de ácidos biliares, metionina e cisteína para formação do same e da glutationa, as principais moléculas que combatem injurias hepáticas por oxidação. Se o gato não está se alimentando, ele acaba não ingerindo proteínas e consequentemente os aminoácidos essenciais. Em busca de uma alternativa o fígado recruta gordura, ou seja, ácidos graxos, porém a substância responsável pelo transporte e metabolização para transformação em energia é a L-carnitina,  uma amina quaternária produzida no fígado, através de dois aminoácidos, a lisina e a metionina. Com a falta desses, o fígado começa a acumular toda essa gordura dentro dos hepatócitos, tornando-se assim lipidótico e causando desordens hepáticas muitas vezes irreversíveis. 

DIAGNÓSTICO
O veterinário irá suspeitar da doença através do histórico de anorexia, sinais clínicos e através de exames de sangue voltados para testes de lesão e função hepática, bem como ultrassonografia abdominal . A lipidose hepática é na maioria das vezes uma doença secundária, ou seja, é causada por outra doença, sendo importante que o veterinário descubra-a. As principais causas de anorexia e lipidose hepática atualmente são: mudanças alimentares repentinas, dietas para gatos obesos sem acompanhamento nutricional adequado, doença intestinal inflamatória, colangites, pancreatite, diabetes mellitus, neoplasias

TRATAMENTO
O tratamento para gatos em com lipidose hepática se baseia em medicações sintomáticas, como contra náuseas e vômitos, reidratação do paciente e retorno da alimentação o quanto antes. Na maioria dos casos a internação de extrema importância para o sucesso do tratamento e a colocação de sonda esofágica é necessária para reposição gradual e assertiva da alimentação com calculo adequado de recebimento energético basal de quilocalorias por dia (Kcal/dia). Medicações que auxiliam na oxidação dos lipídeos e aminoácidos essenciais também são indicadas, assim como protetores hepáticos. 

PROGNÓSTICO
A morbidade é alta, em torno de 40% dos pacientes que recebem terapia, mesmo que adequadamente. Por isso é essencial saber que seu gato não pode passar mais de 24 horas sem comer. Se isso acontecer leve o quanto antes. Mantenha os check ups regulares ao veterinário. Prevenir salva vidas

*Este artigo tem como objetivo informativo e não tem função diagnóstica. Em caso de dúvida marque uma consulta e não medique seu gato sem prescrição médica veterinária.

Gatinhos Idosos

O hipertireoidismo e a doença renal crônica são os distúrbios endócrino mais comuns nos gatinhos idosos. E você sabia que o diagnóstico de cada um pode ser mascarado quando as 2 doenças estão presentes juntas? Até o momento, sabe-se que a presença de doença renal está associada a redução marcante de T4 total o que pode dificultar o diagnóstico de hipertireoidismo concomitante. Por outro lado, um gatinho com excesso de hormônio tireoidiano (T4) pode estar com um aumento da taxa de filtração glomerular (TFG) dos rins por conta do metabolismo acelerado, e por isso dificultar a análise de creatinina no sangue de pacientes com suspeita de doença renal crônica. Nesses casos, o correto é se fazer uma avaliação mais aprofundada para diagnosticar cada doença e assim fazer o controle ótimo para cada paciente!

Os sinais clínicos mais comuns nas duas doenças são Polifagia (comer além do normal), poliúria (urinar mais que o normal), polidipsia (beber muita água) e perda de peso. Por isso pode ser fácil confundi-las.

É importante lembrar que o corpinho do gato não é matemático e por isso é preciso avaliar caso a caso. Se seu gatinho está com algum sinal de alteração procure seu médico veterinário de gatos de confiança.

Cistite ligada ao estresse, Cistite idiopática ou síndrome de pandora, são alguns dos nomes dados a cistite de causa psicogênica. Uma doença crônica, que em cultura bacteriana é negativa e em ultrassonografia abdominal não são relacionadas a neoplasias ou urólitos (pedra na bexiga).

Além de muito presente na rotina atual uma cistite crônica pode causar diversas alterações na bexiga do gato e até mesmo levar a tão temida obstrução urinária, da qual seu gatinho pode vir a parar de fazer xixi, o que se torna uma EMERGÊNCIA MÉDICA. NESSE CASO CORRA PARA O HOSPITAL.

Geralmente os gatos com cistites idiopáticas (FIC) tem predisposição genética, com um sistema nervoso muito mais reativo e sensível dos que os gatos saudáveis, contribuindo para uma hiperalgesia visceral, que pode contribuir para a inflamação de bexiga, mas também de diversos órgão.

A fisiopatologia da doença é complexa, mas sabe-se que os gatos com FIC possuem uma maior imunorreatividade na ponte de locus coerulus, que é a maior fonte de norepinefrina do sistema nervoso central e está diretamente relacionado as emoções e as respostas do organismo ao ambiente. Além disso o aumento de cortisol não ocorre da mesma maneira quando comparado com gatos saudáveis, e por isso eles inflamam com mais facilidade. O epitélio do trato urinário inferior (urotélio) normalmente é revestido por uma camada protetiva de glicoseminaglicanos e anormalidades na quantidade e qualidade desse revestimento podem ocorrer em gatos com cistite idiopática.

Uma abordagem individual do paciente é de extrema importância, sendo necessário excluir diversas causas antes de afirmar diagnóstico e instituir uma terapia adequada para o seu gato, que geralmente irá visar desinflamar a bexiga de imediato e cronicamente adequar um enriquecimento ambiental suficiente para suprir as necessidades fisiológicas, encontrar outras possíveis causas de estresse e medicações homeopáticas ou alopáticas, conforme preferencia e experiência do veterinário. 

DIABETES MELITO – SEU GATO GORDINHO
Diabetes melito é caracterizada por hiperglicemia e glicosúria persistente! Você sabia que seu gatinho gordinho pode ficar diabético? A doença aparece na forma de sinais como polifagia, polidipsia, poliúria e perda de peso e pode complicar se não for diagnosticada logo, se tornando uma emergência diabética, como em casos de cetoacidose metabólica (CAD) com acúmulo de cetose e acidose metabólica (Ph > 7,35), ou estado hiperosmolar hiperglicêmico (EHH), caracterizado por hiperglicemia grave e desidratação intensa.

No estado diabético a glicose não consegue entrar nas células em quantidade suficiente e as cetonas, beta-hidroxibutirato e acetoacetato acabam sendo sintetizadas de ácidos graxos (gordura) como forma substituta de energia. Esses ácidos são ácidos moderadamente fortes e por isso se acumulando causam uma das complicações graves da diabetes, a cetoacidose.

Nos casos de diabetes melitos já com complicações como essa a internação imediata é necessária, sendo na maioria dos casos de extrema importância o controle dos distúrbios metabólitos em âmbito de Unidade de terapia intensiva (UTI). Já nos casos que a diabetes Melitos é descoberta de maneira precoce e sem complicações a terapia é determinada com mensurações de glicemia em casa e uso continuo de insulina moderada (Glargina), indicada para uso de manutenção nos gatos. Os gatos podem ter remissão da diabetes, ou seja, muitos chegam à cura se feito toda terapia de maneira correta.

Durante a terapia com insulina, além da glicemia, vários exames são repetidos como: frutosamida, perfil renal e urinálise. E uma dieta rica em proteína é instituída.

Caso você perceba alterações como beber muita água (polidipsia) e fazer muito xixi (poliúria), não deixe pra depois. Acione seu médico veterinário de confiança e peça um teste glicêmico. É rápido, fácil e pode ser coletado e mesurado na sua casa com o aparelho glicosímetro.

O QUE É?
É um distúrbio das vias aéreas inferiores que causa limitações no fluxo de ar dos pulmões. Geralmente uma combinação de inflamação, acúmulo de muco nos brônquios e espasmos da musculatura lisa é o que causa essa diminuição do fluxo de ar e o que causa uma tosse intensa no gato. Pode ser causada por inalação de alérgenos que causam uma resposta de hipersensibilidade.

BRONQUITE X ASMA
A asma pode ser considerada no gato uma bronquite crônica e não está necessariamente associada a alergia como em humanos. O diagnóstico definitivo da Asma em humanos requer estudos de função pulmonar, como o teste de esforço respiratório que precisa da colaboração do paciente, o que não é possível no caso dos gatinhos. Por isso o diagnóstico o prognóstico e o tratamento para as duas doenças frequentemente se sobrepõem.

PREDISPOSIÇÃO, INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA
Atualmente não há dados confiáveis sobre a incidência e prevalência de gatos com asma no Brasil e não se sabe se algumas raças podem ter predisposição a doença.

SINAIS CLÍNICOS
O principal sinal do gato é a tosse. Alguns gatos tossem tanto que podem vomitar, sendo muitas vezes confundido com eliminação de “bolas de pelo” ou sinal com causa gastrintestinal. A presença de esforço respiratório, com respiração pesada ou com som sibiloso também é comum, bem como apatia e perda de peso. Como adendo, pneumotórax já foram descritos em alguns casos de asma, apesar de não totalmente claro se a causa do pneumotórax realmente foi a asma, após o tratamento da asma o sinal clínico teve resolução, sendo válido observar esse sinal para diagnósticos diferenciais.

DIAGNÓSTICO
A radiografia torácica é o exame mais utilizado para diagnóstico de asma e seus diferenciais, que aparece com padrão variando de bronquial difuso a bronco intersticial. Outros exames como hemograma, ecocardiograma, testes para dirofilariose, e lavado brônquioalveolar podem ser necessários para excluir outras causas quando suspeitas e só um médico veterinário tem capacidade para diagnosticar com precisão.

TRATAMENTO
O tratamento para gatos em crises emergenciais é suporte de oxigênio, e medicações intravenosas de broncodilatadores, corticosteroides e manter o paciente em ambiente calmo para diminuir o estresse e favorecer a ventilação. Após controle, o gato asmático já estável precisa seguir o protocolo terapêutico determinado pelo médico veterinário com uso de corticosteróides e/ou broncodilatadores tópicos com bombinha de inalação, corticosteroides sistêmicos, modulação ambiental e controle de peso.

Aqui no Brasil ainda não tempos a bombinha com espaçador próprio para gatos, que ajuda a contar as respirações do gato. Porém o “espaçador caseiro” feito com uma garrafa pet pequena também funciona super bem. Para isso é necessário cortar o fundo de uma garrafa pet e moldar ela para encaixar na bombinha. O fundo cortado da garrafa precisa ser amolecido em fogo para não machucar o focinho do gato, que é onde ficará posicionado.

PROGNÓSTICO
A morbidade é alta, mas a mortalidade é baixa. Se realizado diagnóstico e tratamento precoce o gato vive bem durante muitos anos. Porém casos graves com fibrose pulmonar também podem ocorrer, sendo fundamental prevenir as crises com o uso correto das medicações.

*Este artigo tem como objetivo informativo e não tem função diagnóstica. Em caso de dúvida marque uma consulta e não medique seu gato sem prescrição médica veterinária.

ACNE FELINA;
GENGIVITE-ESTOMATITE (ODONTO);
RUIDO RESPIRATÓRIO;
AIDS FELINAS – FIV;
LEUCEMIA FELINA – FELV;
CALICIVIROSE;
HERPES VÍRUS;
CEC DESAFIOS E TRATAMENTOS;
VIBRÍSSIAS X BANHO E TOSA;
ESCOVAÇÃO;
CAIXA DE TRANSPORTE;
CAIXA DE AREIA E GRANULADO.

Gatos também precisam transfusão de sangue. Você sabia?

Em casos emergenciais onde possuem perda de sangue aguda, como acidentes traumáticos e cirurgias mais críticas ou quando portadores de algumas doenças crônicas grave como Doença renal Crônica, Leucemia Felina ou Hepatopatias é de extrema importância que uma transfusão seja realizada o mais breve possível.

Atualmente em Curitiba nós temos pouquíssimos Hemobancos para cães e gatos, e apenas um banco de sangue que recentemente começou a fornecer bolsa de sangues para gatos. Nosso parceiro de guerra o banco de sangue do laboratório veterinário @Vetex

Você sabe o que acontece se não tivermos um Hemobanco com bolsas de sangue a disposição??

Eu vou contar…

Quando o um gatinho doente chega precisando de sangue, o medico veterinário precisa pedir ao tutor para encontrar gatinhos que possam doar para o seu gato, sim, vizinhos, colegas, amigos, lista de facebook, vale tudo (geralmente os tutores retornam em 1-3h com um possível doador). Encontrado o gato que será o possível herói, esse gatinho precisa passar por exame físico para pesagem e check up e deverá pesar mais de 4kg. Após, é realizado um exame de sangue para teste de Fiv/FelV e também para saber como está o rim e o fígado desse gatinho, que para coleta de sangue precisará muitas vezes ser sedado (agulha). E nisso, já se passaram de 30 à 1h e o paciente doente ainda está esperando.

Diferentemente do cão, os gatos já nascem com anticorpos contra o tipo sanguíneo a qual não pertencem, por isso, assim que sabido que o possível doador é saudável é coletado de 1 a 3 ml de sangue total para o teste de compatibilidade sanguínea com o sangue do receptor (gatinho doente). Este teste leva de 2 a 3 horas (tristeza) para ser realizado e após a positividade entre os sangues é que realmente o gato agora doador poderá ser sedado para coleta de sangue.

As bolsas de coleta de sangue tradicionais armazenam um volume muito grande (250ml-500ml) e se tronam incompatíveis nas coletas de gato. Por isso, o sistema mais adotado atualmente é o sistema aberto, onde as coletas são realizadas em seringas de 20ml com anticoagulante de forma proporcional. A coleta é realizada da jugular do doador e geralmente ocorre de forma tranquila e rápida tanto com o paciente acordado quanto com o paciente sedado caso necessário. No final o sangue coletado nas seringas é passado para uma bolsa própria para transfusão de sangue sem anticoagulante, apenas para que seja utilizado o equipo com filtro, que impede a passagem de coágulos na hora da transfusão. E até aqui já se foram mais 30 à 1 hora de procedimento e enfim o gatinho doente conseguirá iniciar a transfusão que irá durar de 4-6 horas.

Como se não bastasse estar com seu gato doente, precisando de cuidados, imagina ter que passar por essa aflição toda para conseguir a transfusão do seu gato 4 a 8 horas depois? Sem contar que no meio podemos descobrir que esse possível doador não é compatível e será preciso encontrar outro gatinho (carinha triste).

POR TODOS, MANTENHA O HEMOBANCO SEMPRE CHEIO! PERMITA QUE SEU GATO SEJA UM HEROI!

Doenças relacionadas à RAÇAS:

Você já chamou a vet pra auscultar seu gato hoje?
Rítimo de galope é caracterizado pela evidenciação da terceira ou da quarta bulha durante a auscultação cardíaca, sons diastólicos, que geralmente não são audíveis na ausculta normal.

Geralmente, em gatos, o rítimo de galope está associado a hipertrofia e rigidez miocárdica, com remodelamento cardíaco e repercussão hemodinâmica do organismo. E isso é comum em Maine Coon, sabe por quê?

No Maine Coon, a “cardiomiopatia hipertrófica familial” pode estar relacionada a mutação autossômica dominante em gene que codifica a proteína C MIOSINA LIGANTE (MYBPC3).

A Cardiomiopatia hipertrófica é fenotipicamente e genotipicamente heterogênea e os pacientes podem ser negativos, heterozigotos para mutação. Porém como a mutação apresenta penetrância incompleta, nem todos os gatos com a mutação desenvolvem a afecção e a gravidade também é variável entre os animais portadores da mutação. Além disso, nem todos os gatos que possuem cardiomiopatia hipertrófica possuem essa mutação, já que existem diversas outras mutações relacionadas a doença já descritas em humanos.

Outras raças de gatos também apresentam componentes genéticos e familial, mas a raça Ragdoll foi a única que também apresentou mutação no gene MYBPC3, porém em um códon diferente ao relatado no Maine Coon.

Fonte: Casos em medicina felina

Os sinais clínicos no gato podem ser clássicos, com taquipneia, intolerância ao exercício, dispneia e em raros casos tosse (que pode ser confundida com vômito), porém a manifestação da doença de forma sutil é o mais comum nos felinos, com perda de apetite e letargia e estudos já mostram que a forma leve pode ser assintomática durante anos e se manifestar com síncope e morte súbita! Por isso o check up anual ou semestral ainda é melhor forma de prevenção e diagnóstico precoce.

No exame físico quando o sopro está presente, esse é resultado da insuficiência mitral e/ou obstrução da via de saída do Ventrículo esquerdo (ABBOTT, 2010). Para o diagnóstico de CMH é necessário excluir todas as possíveis causas de hipertrofia ventricular secundária, incluindo dosagem de T4 livre, ecocardiograma/ eletrocardiografia, exames laboratoriais (hemograma e bioquímica sérica) e aferição da pressão arterial para identificação de hipertireoidismo, estenose subaórtica e hipertensão arterial, respectivamente.

Não espere acontecer, o check up é sempre a melhor opção.

Doenças raras

Anormalidade vascular que desvia o sangue do fígado e pode causar encefalopatia hepática.

Os gatos podem ter manifestações bem diferentes da espécie canina com manifestações clínicas vagas e 70-85% dos gatos apresentam hipersalivação. Em geral os gatos podem ter um ou mais desses sinais neurológicos: convulsões, ataxia, cegueira, alterações comportamentais, letargia, tremores e mímica de mastigação, tíques.

INSIDÊNCIA DE 2,5 casos em 10.000 gatos atendidos em centros diagnósticos de referência. Os desvios podem ser sistêmicos ou adquiridos. Os desvios adquiridos são geralmente relacionados a doenças graves hepáticas com hipertensão portal associada. Já os desvios congênitos, forma mais comum na espécie felina (70% dos casos publicados), envolve desvios extra-hepáticos, em grande parte, caracterizado por um único vaso anômalo.

O diagnóstico deve ser feito através da avaliação hematológica e bioquímica completa, descartando outras causas. A ultrassonografia abdominal com o uso de Doppler colorido deve ser realizada para auxiliar na localização do vasocom desvio. Exames mais específicos como podem ser utilizados para planejamento cirúrgico, como tomografia computadorizada e a portovenografia.

CURIOSIDADE: Gatos com desvio portossistêmico desenvolvem íris cúprica, fato que possui uma fisiopatogenia desconhecida. Os animais que teriam a coloração amarelada/mel tendem a ter a íris acobreada. NENHUM OUTRO QUADRO CONHECIDO NA ESPÉCIE GERA ESTA ALTERAÇÃO CÚPRICA NA COLORAÇÃO DA ÍRIS.

Fonte: Casos em medicina felina 

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