Na oftalmologia veterinária de pequenos animais são diagnosticadas e tratadas doenças oculares de cães e gatos. Doenças do bulbo ocular e seus anexos (pálpebras, conjuntivas e glândulas) são muito frequentes e podem gerar desconforto, dor e até mesmo perda visual temporária ou permanente. Alterações oculares também podem sinalizar doenças sistêmicas que trazem risco à vida do paciente quando não tratadas rapidamente.
Com o serviço de oftalmologia integrado à rotina clínica do Hospital Veterinário Santa Mônica, um diagnóstico precoce e correto é disponibilizado aos pacientes, aumentando as chances de recuperação e evitando sequelas.
Conheça algumas das principais doenças oculares:
A catarata é a opacificação da lente ou de suas cápsulas, causando perda visual completa, quando madura. Nos cães, a catarata é predominantemente de origem genética (54% dos casos), por isso, algumas raças apresentam catarata juvenil, com somente 2 a 5 anos de idade, como o Maltês e o Schnauzer por exemplo. Outras raças, no entanto, possuem em sua genética a predisposição à catarata senil (23%), como o Poodle e o Cocker, com início a partir de 7-8 anos. Infelizmente, independente da causa, o único tratamento disponível para a catarata ainda é o cirúrgico.
Para saber se o paciente está apto à cirurgia, diversos passos devem ser seguidos.
1º – Deve ser realizada uma boa avaliação com o oftalmologista, para descartar outras alterações oculares que possam impedir a cirurgia e avaliar a evolução da catarata.
2º – A ultrassonografia ocular é essencial para avaliar a câmara vítrea (parte posterior do olho, atrás da lente), impossível de avaliar clinicamente quando a catarata já está avançada e muito opaca, descartando principalmente sinais de inflamação e descolamentos da retina.
3º – A eletrorretinografia é imprescindível para a avaliação elétrica da retina e investigação de doenças retinianas. E mesmo após a seleção correta do paciente, ainda será necessário um grande comprometimento dos tutores na realização correta das medicações do pós-operatório para que se obtenha o sucesso desejado.
As úlceras são lesões (machucados) na porção mais externa do olho, e podem ser desde muito superficiais, com uma cicatrização rápida (quando tratadas corretamente), até muito profundas, com risco de perfuração do bulbo ocular, necessitando de intervenção cirúrgica.
Por isso é de extrema importância o acompanhamento oftalmológico já no início do aparecimento destas lesões, para que se consiga evitar a piora (que pode ocorrer mesmo dentro de 24horas) e também o uso do colar elisabetano desde o início dos sinais (para evitar que o animal coce e aprofunde a lesão). Os principais sinais clínicos de uma úlcera de córnea são: dor (blefarospasmo), olho vermelho (hiperemia conjuntival) e córnea azulada (edema corneano).
Atendimentos por úlceras de córnea são os mais frequentes dentro da rotina oftalmológica veterinária, sejam elas causadas por traumas, acidentes com produtos químicos, como shampoo, ou predisposição de raças com olhos muito expostos (ex: Pequinês, Shih-tzu, Pug, Lhasa Apso).
Durante a consulta o especialista ajudará na identificação da causa, pois também podem ser consequência de outras doenças oculares (ex: cílios que raspam na córnea causando lesões – distiquíase, cílio ectópico, entrópio), necessitando de uma abordagem diferenciada para cada caso. A seguir fotos de alguns casos de úlceras:
Os tumores de pálpebra ocorrem com maior frequência nos cães que em gatos. São provenientes do tecido cutâneo ou glandular das pálpebras, e mais frequentes em pacientes idosos, no entanto podem surgir em qualquer idade.
Apesar de muitas vezes serem de caráter benigno, podem causar desconforto e apresentar sangramento, além de causar inflamação e até úlceras de córnea pelo atrito ao piscar.
Como o tratamento é a remoção cirúrgica, quanto mais precoce a intervenção, melhores os resultados, já que quanto maior o tumor, maior será a alteração da conformação palpebral, muitas vezes sendo necessárias cirurgias reconstrutivas e complexas, para remoção de tumores grandes demais para a técnica cirúrgica convencional.
A pigmentação corneana pode ocorrer em resposta a processos de cicatrização de úlceras, exposição crônica da córnea (como em raças com os olhos muito “para fora” devido às orbitas mais rasas), lagoftalmia (quando o animal não consegue fechar completamente as pálpebras principalmente quando relaxado, por exemplo, dormindo de olhos abertos), entrópido (pálpebras invertidas que permitem o atrito dos pelos na córnea) ou ressecamento crônico da superfície ocular (olho seco).
No entanto, algumas raças são predispostas, como é o caso do Pug, que pode apresentar a doença desde filhote. Essa pigmentação muitas vezes não é observada rapidamente pelo tutor, devido à sua coloração amarronzada que não se destaca (pois a íris também é marrom, não chamando atenção como o branco da catarata, por exemplo), levando a um diagnóstico muito tardio, somente quando ocorre perda parcial ou total da visão, devido ao avanço da pigmentação por toda a superfície ocular.
O tratamento deve ser realizado por toda a vida, e para prevenção da perda visual é importante que seja iniciado precocemente.
A protrusão da glândula da terceira pálpebra ou cherry eye (olho de cereja), tem origem genética (predisposição hereditária), sendo as raças mais comuns o Maltês, Buldogue francês, Lhasa apso, Beagle. Geralmente a glândula fica visível de forma abrupta, na fase de crescimento do filhote, pois com o crescimento do crânio o ligamento que fixa a glândula, geneticamente fraco, se solta, causando a protrusão, mas que também pode ocorrer mais tarde na vida do animal, por outros motivos.
Esta glândula é responsável por grande parte da produção lacrimal (até 50%), e por isso, não deve ser removida e sim reposicionada por um especialista, para evitar o risco de recidiva no pós operatório.
O tratamento correto da inflamação no pré e pós-operatórios também é de suma importância para o sucesso cirúrgico, e quanto maior o tempo de espera para a correção cirúrgica, mais chances de perda da função da glândula protrusa, com consequente ressecamento ocular por deficiência na produção lacrimal, como na foto abaixo, na qual o paciente já apresenta opacidade e vascularização da córnea.
A ceratoconjuntivite seca quantitativa, ou como é conhecida popularmente, “olho seco”, é a deficiência da porção aquosa da lágrima, o que leva ao acumulo e não dissolução das outras porções (muco e lipídio), sendo o principal sinal clinico o acumulo desse muco na superfície ocular e pálpebras.
Com a cronicidade da doença, devido ao atrito das pálpebras ao piscar sobre um olho ressecado, ocorre também lesões crônicas na córnea, como pigmentação, vascularização e opacificação, levando muitas vezes à perda visual.
O olho seco pode ser confundido por muitos, até por veterinários generalistas, com uma conjuntivite simples, levando a um atraso no início do tratamento correto, por isso, é muito importante a avaliação do especialista, para diferenciar as diferentes doenças. As raças mais predispostas são: Shih-tzu, Lhasa Apso, Cocker Spaniel e Poodle.
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